Colômbia esbanja contundência que falta a um Brasil que mereceu a derrota
Com 22 finalizações, 18 dentro da área, colombianos encaixam marcação após bom início da Seleção e encerram jejum em noite mágica de Luiz Diaz em Barranquilla.
Perdeu com justiça, fora o baile. Qualquer análise da partida da seleção brasileira em Barranquilla precisa ir além do resultado. O time de Fernando Diniz foi dominado por uma Colômbia em enfileirou oportunidades e fez por merecer mais do que o 2 a 1 com show de Luiz Diaz.
O início arrasador do quarteto ofensivo brasileiro não passou de ilusão. O gol logo aos três minutos em boa tabela entre Vini e Martinelli foi marcado já na terceira chance de um Brasil que surpreendeu a Colômbia pela mobilidade. A superioridade, no entanto, não durou mais do que 20 minutos.
Fosse com recuperação no campo de ataque, fosse com bolas esticadas nas costas de Royal e Lodi que muitas vezes ficavam no mano a mano, a Colômbia já merecia, no mínimo, o empate na etapa inicial. Foram 12 finalizações diante de um Brasil que pouco conseguia conectar contragolpes.
Com impressionantes dez finalizações, Luiz Diaz foi o nome do jogo e deu uma canseira em um Emerson Royal exposto. Se na esquerda Martinelli dobrava a marcação com Lodi, na direita Raphinha auxiliava pouco e permitia que o atacante do Liverpool encarasse a defesa brasileira no mano a mano.
É bem verdade que o ímpeto ofensivo colombiano ofereceu espaços para o Brasil matar o jogo em saídas com velocidade na volta do intervalo. Gabriel Magalhães teve papel importante na saída de bola, Bruno Guimarães e Raphinha tiveram boas chances em chutes da entrada da área, mas era o gol colombiano que estava maduro.
Chegar aos 30 do segundo tempo em vantagem era um exagero a favor do Brasil, e bastaram quatro minutos para a Colômbia dar justiça ao placar. Com um cruzamento de cada lado, Diaz marcou duas vezes de cabeça. Merecimento no coletivo, merecimento no individual para o melhor em campo.
O 4-2-4 de Diniz deixou o Brasil exposto e não conseguiu torná-lo ofensivo. Faltou controle de jogo com a bola, faltou agressividade na marcação sem ela. E a Colômbia foi melhor por, no mínimo, 70 minutos em sua primeira vitória sobre a seleção brasileira nas eliminatórias.
Ao todo, foram impressionantes 23 finalizações, 18 dentro da área e 10 na direção do gol. A tal contundência que Diniz tanto pede ao Brasil sobrou para a Colômbia.
Depois da virada, Diniz ainda colocou Pepê de lateral, André de zagueiro com Douglas no meio, e Endrick no ataque. A Seleção esboçou uma pressão, mas não foi suficiente. E não seria justo. A Colômbia mereceu muito mais.