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Paraná registra primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol

Homem, de 60 anos, é morador de Curitiba e está internado em estado grave desde quarta-feira (1º/10)
Imagem colorida mostra frasco com metanol; bebida - Metrópoles
A Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa) registrou, nesta sexta-feira (3/10), o primeiro caso suspeito de intoxicação por ingestão de metanol no estado.

A vítima é um homem, de 60 anos, morador da cidade de Curitiba (PR). Ele está internado no hospital desde quarta-feira (1º/10), após ter sofrido um atropelamento e relatado que consumiu bebida alcoólica destilada.

Segundo a Sesa, o quadro clínico do paciente apresentou agravamento, com sintomas compatíveis com intoxicação por metanol. Atualmente, o paciente permanece inconsciente e em estado grave. O órgão notificou o Ministério da Saúde.

A Sesa, em conjunto com a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, acompanha a evolução clínica e aguarda o resultado dos exames laboratoriais para confirmação ou descarte da suspeita., relatou a secretaria em nota.

A secretaria orientou que, em casos de suspeitas de intoxicação por metanol, os serviços de saúde públicos ou privados do Estado paranaense devem notificar imediatamente o Centro de Informação e Assistência Toxicológica do Paraná (CIATox): o telefone 08000 410 148 funciona 24 horas por dia.

Casos registrados no Brasil

Até a manhã desta sexta, pelo menos 60 casos de suspeita de intoxicação por ingestão de metanol tinham sido registrados no Brasil. O caso do Paraná é o 61º.

  • São Paulo: 42 casos suspeitos e 11 confirmados. Uma morte confirmada e cinco em investigação
  • Pernambuco: cinco casos suspeitos e duas mortes em investigação
  • Distrito Federal: um caso suspeito, do rapper Hungria
  • Bahia: uma morte suspeita

O governo anunciou medidas para combater a situação: o ministro da saúde, Alexandre Padilha, anunciou que realizará a compra de 150 mil ampolas de etanol farmacêutico para ajudar estados e municípios no tratamento das vítimas.

O Ministério da Saúde também anunciou a criação de uma sala de situação para monitorar os casos ao redor do país.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acionou autoridades internacionais em busca de fomepizol, medicamento não disponível no Brasil.