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Massa e Milei disputam Presidência da Argentina neste domingo.

Massa e Milei disputam Presidência da Argentina neste domingo.

Argentinos vão às urnas para escolher entre peronista e libertário; pesquisas indicam cenário incerto no 2º turno.
Os argentinos vão às urnas neste domingo, dia 19, para eleger o novo presidente. Segundo dados da CNE (Câmara Nacional Eleitoral), o país tem mais de 35,8 milhões de eleitores, sendo que cerca de 449 mil moram no exterior. A população total é de 46,2 milhões.

Sergio Massa (esquerda) e Javier Milei (direita) disputam o 2º turno. Dos 5 candidatos que participaram da 1ª rodada de votações, realizada em 22 de outubro, o peronista e o libertário foram os mais votados. O ministro da Economia, que concorre pelo partido Unión por la Patria, saiu na frente com 36,68% dos votos, enquanto o deputado, da coalizão La Libertad Avanza, ficou com 29,98%.

O resultado do pleito deste domingo, dia 19, pode representar a mudança ou manutenção do governo argentino. A nação sul-americana é comandada atualmente por Alberto Fernández. A vitória do político em 2019 representou o retorno do peronismo ao poder depois de 4 anos do governo de Mauricio Macri.

Massa é o representante da corrente nesta eleição. Ele teve o apoio de Fernández e Cristina Kirchner, atual vice-presidente argentina.  O peronismo é a principal força política do país e já venceu sucessivos mandatos presidenciais na Argentina.

A corrente tem como inspiração o militar e político argentino Juan Domingo Perón (1895-1974), que foi presidente em 3 períodos: 1944-1945, 1946-1955 e 1973-1974. A agremiação oficial do peronismo é o Partido Justicialista. Depois de Perón, outros seguidores estiveram à frente da Casa Rosada (sede do Executivo argentino), como Isabelita Perón (1974-1976), Carlos Menem (1989-1999), Eduardo Duhalde (2002-2003), Néstor Kirchner (2003-2007), Cristina Kirchner (2007-2015) e Alberto Fernández (desde 2019).

Os últimos 4 anos do governo de Fernández foram marcados pela piora da economia da Argentina (leia mais abaixo) e a queda na popularidade do governo peronista. Durante a campanha, o ministro da Economia tentou se afastar da imagem do atual presidente, afirmando que seu governo “será diferente”.

Também tenta se afastar do kirchnerismo, movimento político de esquerda ligada ao ex-presidente argentino Néstor Kirchner e à atual vice-presidente, Cristina Kirchner.

Apesar dos esforços de Massa, parte do eleitorado argentino busca alguém novo e Javier Milei se apresenta dessa forma. Diz ser “anarcocapitalista”, “libertário”, “contra a casta política parasita” e um político de direita conservador “diferente de tudo que está aí”, ou seja, distante do sistema político tradicional.  Ele tem um discurso libertário contra a esquerda. Disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trabalha para minar sua candidatura. É apoiado por Jair Bolsonaro (PL) –que prometeu ir à posse do candidato caso ele seja eleito.

Também recebeu uma carta de apoio de 69 deputados federais brasileiros. O representante da coalizão La Libertad Avanza venceu as eleições primárias argentinas de 13 de agosto, que selecionou os 5 candidatos que participaram do 1º turno.

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