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Carne acessível ajuda a prevenir gordura no fígado, diz médica

Rica em ferro e vitaminas do complexo B, esta carne pode ajudar a reduzir a gordura no fígado e promover longevidade; saiba qual
Carne e gordura no fígado

De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 60% dos casos de gordura no fígado estão associados ao excesso de peso — um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da esteatose hepática não alcoólica. Os números reforçam a importância de escolhas alimentares mais conscientes e estratégias nutricionais que apoiem a saúde do fígado. Entre as opções mais eficazes, uma carne de valor acessível se destaca pela densidade nutricional: o fígado de boi.
  • A esteatose hepática, conhecida popularmente como gordura no fígado, ocorre quando há um acúmulo excessivo de lipídios nas células hepáticas.
  • Embora o acúmulo moderado seja considerado normal, quando o índice ultrapassa 5%, a condição passa a representar um risco real à saúde.
  • Se não tratada, a gordura no fígado pode evoluir para quadros mais graves, como hepatite gordurosa, cirrose e até câncer hepático.

Benefícios da carne bovina para a saúde do fígado

Em entrevista à coluna Claudia Meireles, a médica Elódia Ávila destaca que o fígado bovino é uma das carnes mais ricas em nutrientes essenciais para a proteção do fígado. Segundo ela, o alimento é fonte abundante de ferro heme — altamente biodisponível —, e de vitaminas do complexo B, como a B12 e o folato.

Manter uma alimentação equilibrada é fundamental para a saúde hepática

O fígado é o segundo órgão mais importante do corpo

“Esses nutrientes, juntos, ajudam a proteger o fígado contra inflamações e a manter suas funções em equilíbrio. E contribuem, sem dúvida, para a prevenção de doenças e para uma longevidade saudável”, afirma a especialista.

A médica ressalta que os efeitos positivos estão diretamente ligados a um consumo equilibrado, inserido dentro de uma alimentação variada e associada a hábitos de vida saudáveis, como sono de qualidade e prática de exercícios físicos. “Por ser rico em antioxidante, o fígado também colabora para o metabolismo energético e na redução de inflamações, mas o benefício está atrelado ao contexto geral do estilo de vida”, reforça.

Recomendação de consumo

A recomendação de Elódia é que o fígado bovino seja incluído no cardápio cerca de uma vez por semana, em porções médias de 100 g a 150 g. Ela destaca que, diante de uma dieta cada vez mais baseada em ultraprocessados, o ideal é priorizar alimentos que nutrem o corpo. “O importante é incluir o máximo de alimentos saudáveis”, afirma.

Imagem mostra visão de microscópio do tecido do fígado com gordura - Metrópoles - carne
Visão microscópica de células em fígado com gordura, a esteatose hepática

Ela ainda observa que a própria esteatose hepática está frequentemente relacionada à ingestão elevada de carboidratos simples, que se transformam em gordura e se acumulam no organismo — incluindo o fígado.

Elódia Ávila lembra que o combate à gordura hepática vai além da escolha de um único alimento. “Manter uma alimentação rica em vegetais, frutas, fibras e gorduras boas ajuda a proteger o fígado. Reduzir o consumo de açúcar, frituras, álcool e ultraprocessados é essencial”, aconselha.

foto colorida de duas pessoas 65+ praticando exercício físico ao ar livre
Os exercícios físicos são a chave para a longevidade

Ela reforça, por fim, que a prática regular de exercícios físicos é fundamental para o controle do peso e melhora da sensibilidade à insulina — duas peças-chave na prevenção e tratamento da esteatose hepática.